Sonhos: revelação do inconsciente

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De todas as características dos sonhos a mais interessante é o seu sentido. Os sonhos são o reflexo do nosso mundo mental e nenhum sonho é por acaso. Ao sonhar nosso verdadeiro ser se manifesta e podemos entrar em contato com o que somos e com o que desejamos.
A obra A Interpretação de Sonhos, publicada em 1899, é conhecida como o mais importante estudo psicanalítico de Freud. Na impressão consta a data de 1900, pois ele queria que sua descoberta fosse associada ao início de um novo século. Nessa obra Freud escreveu: “O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente”. Um sonho não analisado era para Freud como uma carta fechada. Suas teorias causaram uma revolução no estudo da mente.
O sonho da maneira como o lembramos é, na verdade, um substituto disfarçado dos conteúdos inconscientes. O que sonhamos nunca é o que parece ser, mas sim algo distorcido, que para ser compreendido precisa ser decifrado.
O sonho possui dois componentes: O conteúdo manifesto e o conteúdo latente. O primeiro é Continue lendo “Sonhos: revelação do inconsciente”

Nossas solidões

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Se te é impossível viver só, nasceste escravo. Podes ter todas as grandezas do espírito, todas da alma; és um escravo nobre, ou um servo inteligente: não és livre

Fernando Pessoa (Fragmentos de uma autobiografia, 2011, p.245).

A palavra solidão nomeia um estado que não é sentido da mesma forma por todas as pessoas. Para alguns a solidão é o decreto dos travesseiros pesados, das tristezas profundas, do vazio sem palavras. Buscam fugir dela, pois é sentida como intolerável e desesperadora.  Já para outros a solidão é um estado desejado, planejam os momentos em que enfim conseguirão ficar a só, para usufruir plenamente de pequenos prazeres como ouvir música, ler um bom livro, fruir da beleza, ter compreensões íntimas.

Freud ao longo de todo o seu desenvolvimento teórico irá afirmar a intensa dependência que um ser humano possui de outro, para sobreviver e se desenvolver. Ele formula a compreensão de que o desamparo seria uma condição fundadora do ser humano, pois só é possível se humanizar na relação com outro. Somos vulneráveis ao desejo, à vontade e ao olhar de outro. O que ocorre é que muitas vezes essa dependência se torna tão grande que anulamos nosso próprio desejo, nossas vontades e nosso olhar em prol de outras pessoas. Ficamos alienados de nós mesmos, não sabendo nomear sozinhos o que nos faz sofrer. Assim, em momentos de solidão somos tomados pela angústia, quando aquilo que está oculto em nós (que negamos em prol do outro) pode irromper (Freud, 1926/1993).

Ficar sozinho não é fácil, pois, impõe a companhia de si mesmo. Essa angústia ou a tristeza da solidão não advém somente do estado de estar só, mas das Continue lendo “Nossas solidões”

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