O ciúmes é um tema que sempre vem a tona quando o assunto é relacionamento afetivo, o ciúmes é uma emoção humana extremamente comum, dependendo do contexto e da intensidade. Ele é desencadeado por sensações de ameaça a uma relação estimada, tal reação visa eliminar os riscos de perder a pessoa amada.
O ciúmes normal é transitório, pautado por dados reais, enquanto o patológico é infundado, desproporcional, leva à distorção da percepção da realidade e deturpa a interpretação dos fatos.
No ciúme patológico o amor do outro é sempre questionado e a relação é baseada no sentimento de posse. O ciumento deseja ter controle sobre os sentimentos e comportamentos do parceiro(a), busca constantemente evidências que confirmem suas suspeitas, se preocupa excessivamente com os relacionamentos anteriores e tem um medo desproporcional de perder o companheiro(a).
Se não tratadas essas questões podem levar ao desgaste do relacionamento.
Existe uma clara relação entre o ciúmes, a baixa autoestima e o sentimento de inferioridade, que costuma gerar insegurança, tendo como uma espécie de defesa o comportamento ciumento.
Pensamentos de ciúmes podem ser vivenciados como intrusivos e irracionais, e muitas pessoas se esforçam para afastá-los. Esses pensamentos costumam ser ruminantes e podem levar a comportamentos compulsivos de verificação constante, como por exemplo: olhar sempre o celular do outro, seguir ou fazer visitas surpresas, vasculhar as coisas do parceiro, entre outros.
Quando as suspeitas são confirmadas, ao invés de tranquilidade geram mais dúvidas ainda. Mesmo depois da confissão do parceiro(a), o ciumento sente que os fatos nunca são detalhados o suficiente, e então o ciclo recomeça e as cobranças e desconfianças se transformam em novas questões a serem respondidas. Quando o companheiro(a) conta algo para o ciumento, ele sempre quer mais detalhes. Basicamente falando, o ciumento costuma pensar que se ele ainda não achou é porque não procurou direito. Se não encontrar motivos para desconfiar no presente irá procurar no passado, ou fantasiará acontecimentos futuros.
O ciúmes passa dos limites quando causa danos na sua vida ou na vida das outras pessoas (perder o sono devido aos pensamentos, abandonar sua rotina para ir atrás do parceiro, prejuízos no trabalho, ligações ou atitudes que visam monitorar os passos, suposições sobre o que o companheiro está fazendo naquele momento, nervosismo ao não localizar a pessoa, agressões físicas e verbais, etc).
O ciúmes não está exclusivamente relacionado ao romance, muitas vezes estende-se a outros tipos de relação que o parceira(a) estabelece. Há casos de ciúmes de cachorro, de amigos, da mãe e de outros parentes, ou seja, qualquer situação que faça com que o ciumento sinta que tem que dividir o amor que recebe, e que julga ser exclusivo.
Discutir abertamente com o companheiro(a) sobre como se sente e dividir suas angústia pode ser benéfico. Porém, quando não se consegue estabelecer o equilíbrio sozinho, e quando o cuidado com o relacionamento passa a ser uma obsessão, causando sofrimento para ambas as partes, pode-se contar com a ajuda profissional. A terapia permite uma melhor avaliação do contexto em cada caso em particular, investigando a natureza da preocupação e analisando os sintomas e o sofrimento gerado, em busca de uma melhor qualidade de vida.
Amanda Garcia Kreyci CRP 06/130484
Atenção: As informações contidas neste site têm caráter informativo. Não substituem o processo de psicoterapia e não devem ser utilizadas para realizar auto-diagnóstico.
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