Você sabia que as dores sentidas no corpo nem sempre estão relacionadas com problemas físicos? Essa íntima ligação entre mente e corpo não é novidade. Diversos estudos comprovam que as emoções afetam nossa saúde física.
Psicossomatização (psico = mente; sómatos = corpo)
O corpo reage aos estímulos da mente e essa reação afeta nossa saúde. Basicamente falando, a tensão, a ansiedade e o estresse aumentam a atividade nervosa do nosso cérebro, aumentando a produção de algumas substâncias, o corpo irá responder ao desiquilíbrio, e os sintomas começarão a aparecer. No entanto dizer que toda e qualquer dor física se origina de causas emocionais é um grande equivoco. Para que um sintoma seja considerado como psicossomático é necessário que haja sintomas físicos não justificados pela medicina.
Mas como essas dores físicas estão ligadas aos estados emocionas? Quando uma pessoa não dá conta de suportar em sua mente alguma emoção muita intensa, acaba transferindo essa dor para outros lugares do corpo. Geralmente a “escolha” dessa transferência tem uma ligação simbólica com seu correspondente emocional. Por exemplo: Uma pessoa que tem preocupação excessiva com o contato com outras pessoas e possui dificuldade em se relacionar, pode desenvolver algum tipo de alergia na mão. A pele é um órgão de contato, e a mão é um representante simbólico do contato com o mundo externo.
Uma pessoa com dificuldade em se colocar e que por conta disse vive “engolindo sapos”, pode apresentar dores de garganta, amigdalite, ou problemas no estômago que causam enjoos, azia, gastrite, úlcera. A expressão “engolir sapos” representa os desaforos ouvidos e a dor de garganta representa as emoções reprimidas, palavras sufocadas, que essa pessoa não conseguiu expressar.
O corpo fala! Ele reflete as dores emocionais, isso é incontestável. O corpo irá se manifestar quando a mente não conseguir suportar uma vivência dolorosa, mas geralmente pessoas com dificuldade em se expressar, que costumam guardar para si sentimentos desconfortáveis são mais propensas a desenvolver sintomas psicossomáticos.
Existem fatores e situações que favorecem o desenvolvimento de doenças psicossomáticas. Por exemplo: muita ansiedade, estresse, intolerância a frustração, preocupação elevada, predisposição genética; passar por momentos difíceis como um trauma, um abuso, o falecimento de uma pessoa querida, problemas financeiros, crise no casamento, grandes mudanças na vida, entre outras ocasiões.
Pessoas com sintomas psicossomáticos que ainda não foram identificados costumam passar por muitas consultas médicas e exames, que normalmente não dão em nada, mas que geram um gasto significativo. Ter um sintoma psicossomático não significa que a dor ou doença não existe de fato. Pelo contrário, significa que a pessoa está passando por um sofrimento tão grande que como consequência o seu corpo está adoecendo. Em muitos casos o medicamento surtirá efeito e aliviará as dores e os sintomas físicos, normalmente os analgésicos fazem um ótimo trabalho. No entanto, tratar a dor física nem sempre significa o fim do problema, já que os medicamentos apesar de diminuírem a dor no corpo, não agem no foco.
Mas se os sintomas não são de origem orgânica, como tratá-los?
Se quando a boca cala o corpo fala, quando a boca fala o corpo sara. Através da psicoterapia a pessoa poderá entrar em contato com as emoções que estão lhe afetando, podendo compreender a origem de seus sintomas e encontrar recursos para expressar seus sentimentos por outras vias, e não mais pela corporal. O autoconhecimento possibilita ao paciente encontrar novas formas de lidar com suas questões, diminuindo assim seus sintomas e o sofrimento que ele causava.
O corpo e a mente estão conectados e a saúde de um afeta diretamente a saúde do outro.
Amanda Garcia Kreyci CRP 06/130484
Atenção: As informações contidas neste site têm caráter informativo. Não substituem o processo de psicoterapia e não devem ser utilizadas para realizar auto-diagnóstico.
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